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14 de março de 2012

Relação entre Incidentes e Crises: estrutura e complexidade

Incidentes, supõem-se, têm uma "estrutura", porque são gerados por riscos identificáveis ​​e avaliáveis ​​e se apresentam de maneiras bastante previsíveis.
Tal como acontece com a maioria dos riscos que dizem respeito ao planejamento da gestão da continuidade de negócios (GCN), até mesmo os incidentes mais graves e desafiadores geralmente se adequam a respostas pré-preparadas. Nestes casos, é mais provável que o papel da gestão estratégica seja garantir que o plano de GCN esteja funcionando, que possua os recursos adequados e que continue a apoiar os objetivos da organização, que podem ter mudado desde que o incidente ocorreu.

Crises, por outro lado, são muitas vezes geradas por riscos que não haviam sido identificados, ou pelo menos que não foram identificados com a escala e a intensidade em que se apresentavam.

As crises também podem ser o produto de uma combinação imprevista de riscos interdependentes. Desenvolvem-se de maneiras imprevisíveis, e a resposta geralmente requer soluções genuinamente criativas, em vez de soluções pré-preparadas.
De fato, argumenta-se que soluções pré-preparadas (como as projetadas para lidar com incidentes mais previsíveis e estruturados) são improváveis de funcionarem em crises complexas e mal-estruturadas. Podem, na verdade, ser contraproducentes. Como tal, a gestão de crises tem de ser capaz de lidar com questões que podem não ser gerenciáveis segundo os procedimentos da GCN, por mais bem desenvolvidos que sejam.

Os papéis da gestão estratégica são amplificados durante uma crise, provavelmente passando a incluir a intervenção direta e a liderança estratégica decisiva em casos que não podem ser preconcebidos. Podem até mesmo incluir o reposicionamento estratégico da organização como um todo e, por essa razão, a gestão de crises é domínio da alta direção.

Essencialmente, os executivos defendem, endossam e apoiam a GCN, mas tendem a implementar, liderar e dirigir a gestão de crises.